terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A santidade dos "nada santo"

Louvo a Deus quando vejo cristãos que realmente se importam com santidade e que não acham isso um assunto ultrapassado. Mas fico triste, pois a maioria que brada por santidade nos púlpitos, raramente sabe o que de fato ela é. Exigem um resultado imediato, mas resultados imediatos só podem ter resultados no que olho vê.O fato de ligarmos santidade a aparência, dificulta uma boa definição do que realmente ela é.

Obedecer um monte de regras e normas que diz respeito ao tipo de vestimenta que você usa ou o comprimento do seu cabelo, não faz de você um santo. Viver jejuando e orando, isolado de tudo e de todos, não vai fazer de você um santo. Ser santo não é ser contra a Disney, cabelo moicano ou contra a Bíblia Freestyle. Não é só ouvir música evangélica, nunca ir ao cinema, parar de assistir novela e nunca tomar cerveja. Para muitas pessoas fazer alguns dos itens a cima está intimamente ligado a santidade do crente. Mas a santificação vai muito além dessas coisas. Na prática isso não funciona. Duvido que qualquer dessas práticas sirva pra mortificar a inveja, a preguiça, a gula, a ganância, o desejo sexual desenfreado, a raiva, a incredulidade, a mentira, a apostasia... O fato de você praticar abstinências e regras, não quer dizer que o velho homem foi crucificado. Você vai ficar muito bem na fita com sua igreja, será bem visto, pois essas coisas tem aparência de piedade, mas não tem poder algum contra a carne.

É triste ver o filme da Disney ser duramente atacado e pecados como a mentira, inveja, glutonaria, ganância... ser amplamente tolerado. Nossa geração é a geração da aparência. Não precisa ser um cristão, só precisa parecer um Cristão. Faça tudo o que um cristão faz e não terá problemas em sua congregação, não fume, não beba, não ouça música do mundo, não fale palavrão, não falte ao culto... O que diz respeito ao que ninguém vê, que fique na mesma. Sobre isso o Apóstolo Paulo falou aos colossenses: "essas regras tem, de fato, aparência de sabedoria, com sua pretensa religiosidade, falsa humildade e severidade com o corpo, mas não têm valor algum pra refrear os impulsos da carne" (Cl 2.23)

Paz, é só.